
Era uma vez uma raposa que estava andando com uma fome, pela estrada à fora. Ela viu um cacho de uva madurinho. Ela não dava altura. Lá perto tinha um riacho e umas pedras. Ela foi e pegou uma pedra, subiu nela e conseguiu alcançar as uvas, que estavam madurinhas.
E ela foi comendo uvas pela estrada, muito feliz.
Em um dia muito quente, a raposa com muita sede queria saciá-la. Ao passar na horta de uma casa ela avistou uma parreira cheia de cachos de uva.
A raposa teve a ideia de pegar as uvas. Ela pulou a cerca e pensou: "Eu vou pular no cacho de uva e pegá-lo."
A raposa, naquele entusiasmo, pulou, pulou, pulou e não conseguiu pegar as uvas.
Nisto ela escutou uma risada. Olhou para um lado, para o outro e não viu ninguém. Ela começou a sentir medo daquelas risadas.
Quando a raposa voltou as costas, a árvore falou: "Sou eu, sua boba, a árvore."
A raposa saiu em disparada e pensou:"Eu vou ter medo de uma árvore... Eu vou enfrentá-la." E retornou.
A raposa pulou no cacho de uvas e a árvore levantou o galho. Mais uma tentativa e a mesma reação por parte da árvore.
A raposa, com extrema irritação, pegou um machado e cortou a árvore. O galho em que estavam as uvas caiu. A raposa pegou as uvas e saiu correndo.
Bem feito para a árvore que não quis dividir e perdeu tudo!
Era uma vez uma raposa que não conseguia nenhuma caça para aliviar sua fome. Havia mais de dois dias. Passando por um parreiral, a raposa viu alguns cachos de uva pendurados nas grades de um videira. As uvas estavam muito no alto e a raposa precisava arranjar um jeito de alcançá-las sem chamar a atenção do caseiro.
Primeiro a raposa pulou várias vezes, o mais alto que pôde, até se cansar. Frustrada, a raposa ficou pensando muito até lhe ocorrer outra ideia. Tentou empurrar uma pedra grande para debaixo da parreira, mas não conseguiu. A pedra era pesada demais. Então, teve que se contentar empurrando uma pedra pequena. Subiu nela e pulou várias vezes, mas não alcançou as deliciosas uvas.
A raposa subiu até o topo de uma árvore ali perto. Chegando lá em cima, jogou-se para alcançar as uvas tão desejadas. Mas o que conseguiu foi um galo na cabeça, pois acabou caindo sobre algumas pedras, ao lado da parreira.
A raposa parecia que ainda não tinha aprendido a lição. Queria de todo jeito alcançar as uvas apetitosas. A noite caiu e, sobre a luz da lua, a raposa ficava com mais fome ainda. Mas o tempo passava e ela nada conseguia. No dia seguinte, viu um galho caído no chão e teve a ideia de colher as uvas batendo nelas para derrubá-las. Mas não alcançou as uvas. Então, ela jogou o galho para cima que acabou acertando sua cabeça.
Profundamente desanimada, a raposa teve que desistir das uvas e procurar comida em outro lugar. Olhando para trás, disse a si mesma para se consolar:
- Aquelas uvas estavam estragas, não serviam mesmo para o almoço.
Moral: A vaidade não nos permite conhecer as próprias limitações. Então sofremos em demasia e sem necessidade.
Uma raposa, morta de fome, ao passar diante de um pomar de uvas penduras nas grades de uma videira, viu minhas colegas e eu. Por falta de sorte, eu estava na ponta do cacho e estava com medo da raposa me pegar. Ela me olhava e lambia os lábios... até que resolveu me atacar.Ela usou de todos os artifícios para me pegar, mas foi por pouco. Graças a Deus eu estava fora do seu alcance. De tanto insistir, ela acabou se cansando.
Por fim, olhou mais uma vez para mim e foi-se, dizendo:
- Ela estava verde.
Fiquei ali, olhando para ver se a raposa iria embora mesmo. Ela parou perto de um lago e começou a tomar água. Parecia que queria saciar sua fome com água. Após ter tomado bastante água, deu meia volta e veio andando em minha direção. E, eu ali, pensando que iria me atacar novamente. Ela chegou, olhou-me mais uma vez e foi se deitar debaixo da videira.
E assim termina a minha história. Eu consegui continuar viva e a raposa me deixou em paz.